Luís Simões, travel sketcher around the world
Traveling
English
Today I woke up with my stomach wrapped. The breakfast went awry and the body was rejecting my clothes. I looked to my backpack and felt an inside mess feeling: “the time is coming.” It’s an amazing dubious feeling to be stop without being. Being at home, outside. The comfort of home and friends, made me find again the energy needed for what is lacking in Europe. As much as you travel and increase your experience, the feeling of “let’s go” is always there for those who leave.
This is adventurous spirit that conquers in the chest, eliminate fears and gives us challenges. Traveling alone and sort things into their own hands, should be the first lesson of life for any human. The man who is limited to what he already knows, loses the courage to live and be free. The man that faces a doubt and chooses the safe zone, never follow a passion. The one who never dared to follow an impossible path, will never feel the difference of having done it. Only the man who has lost or fail, know the value of getting to the top of a mountain. Only those who live and share a great love know how much it hurts to be rejected. The one who works to make money, will never work to be happy. We always will remember those who did what they love with devotion. The man who doesn’t travel, will never see what they read in books or seen on television. Travel takes away our ignorant arrogance and gives the sensitivity passion of living happy.
Soon I will have less time to write to you, less time to share my experiences, but above all, I am living my life again.
Translation by Helena PalhaPortuguese
Hoje acordei com o estômago atravessado. O pequeno-almoço entrou torto e o corpo estava a estranhar a roupa vestida. Olhei para a mochila desarrumada e cá dentro senti “está a chegar a hora”. É uma sensação incrível e dúbia de estar parado, sem estar. De estar em casa, fora dela. O conforto de um lar e amigos, fez-me encontrar de novo a energia necessária para o que falta da Europa. Por mais que se viaje e aumente experiências, esta sensação de “vamos a isto” estará sempre presente para quem parte.
É este espirito aventureiro que nos conquista o peito, elimina os medos e dá-nos desafios. Viajar sozinho e resolver as coisas pelas próprias mãos, devia ser a primeira lição de vida para qualquer ser humano. O homem que se limita ao que já conhece perde a coragem de viver e ser livre. O homem que perante a dúvida escolhe a certeza, nunca seguirá uma paixão. Aquele que nunca arriscou a percorrer um caminho impossível, nunca sentirá a diferença de o ter feito. Só o homem que já tenha perdido ou falhado, saberá o valor de chegar ao topo de uma montanha. Só quem vive um grande amor sabe o quanto dói ser rejeitado. Aquele que trabalha para ter dinheiro, nunca trabalhará para ser feliz. Serão sempre lembrados aqueles que fizeram o que mais gostaram por devoção. O homem que não viaja, nunca verá o que já leu em livros ou viu em televisão. Viajar tira-nos a ignorante arrogância do ego sabichão e oferece a sensibilidade paciente de saber viver.
É no fundo tudo, e muito mais, o que esta música me faz sentir quando a escuto. Estarei em breve com menos tempo para vos escrever, menos tempo para vos mostrar as minhas experiências, mas sobretudo, estarei outra vez a viver.
Obrigada por tais palavras Luís! Aguardarei por novas vivências escritas! Good luck e acima de tudo, boas as viagens!
Que texto tão bonito, Luís!!!
É tão bom saber que és feliz…!
E estaremos sempre por aqui… para quando tiveres tempo…! 🙂
Luis, acredito também que a nossa acção só faz sentido quando sabemos explorar e trabalhar ao longo da vida, a maior diversidade de fontes possível. Partilhar essa acção faz parte de um percurso de sabedoria. Bem haja.
Your words are touching the soul: “Travel takes away our ignorant arrogance and gives the sensitivity passion of living happy.” Luis, I am praying for You as I have promised.Take care! Liga from Riga