After 4 years, 8 months, 14 days on the road, tomorrow I’m heading to Portugal for Christmas!

Tomorrow starts on of the most exciting travels of my life. My backpacks are not done yet but that’s peanuts. The big news is I don’t need a visa for my next destination! After (almost) 5 years that I left my home it’s time to celebrate Christmas with my family and friends in Portugal. No, the project doesn’t stop, in February I will be back to continue my traveling. But now it’s time to (finally) get a few more kilos of delicious Portuguese food and share the World Sketching Tour with my people.

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Começa amanhã uma das viagens mais emocionantes (e longas) da minha vida. As mochilas ainda não estão prontas, mas isso já eu sei como se faz de olhos fechados. A grande novidade aqui é que não vou precisar de visto para o próximo destino. Depois de (quase) 5 anos sem voltar a casa, dia 28 de Novembro, será lembrado como o dia do regresso a Portugal. Saio da Indonésia amanhã, ao final do dia e chegarei ao aeroporto Francisco Sá Carneiro no dia 29 de Novembro. Por esta é que ninguém esperava?

O Porquê da ida a Portugal?

Adiei até hoje a ida a Portugal porque quando escrevi o projecto em 2012, defini que nunca iria regressar, pelo simples facto de isso ser um desafio para mim e acreditar sempre que iria conseguir encontrar a sensação de “casa”, onde quer que eu estivesse. E a verdade é que já se passaram os tais (quase) 5 anos e nunca voltei.

Saudades?

Claro que sim, mas eu nunca fui dado às saudades e esta viagem tornou-me num tipo muito menos romântico do que era. Virou-me para ser mais prático e usar as emoções de maneira diferente. É verdade que cada vez que um amigo me traz um queijo de Portugal, fico de sorriso regalado!! Porém, ser mochileiro durante todo este tempo, obrigou-me a lidar diariamente com rejeições, doenças, amores, perigos, desconforto e, principalmente, com o desconhecido. Talvez, também, porque no primeiro ano tive a companhia dos meus pais e os anos seguintes tenham sido por minha conta e risco. A idade também já vai por ai fora nos 37 e, tudo isso, ajuda a “temperar” as coisas. Uso hoje mais a razão em sobreposição às emoções. A verdade irá ser testada quando chegar a Portugal!

Mas calma, não me tornei em nenhum calhau! Julgo que encontrei mais equilíbrio e sensatez para com o que faço. Claro que, dentro do meu estilo de vida e viagem como a minha, os níveis de equilíbrio e sensatez não têm muita comparação com as realidades que encontro frequentemente.

Mas então como se vive sem emoções?

Um aventura que me faça ir por caminhos desconhecidos, ou ter um medo do caraças, ou um desenho que me ponha a mão acelerada para captar aquele momento único, são para mim, das minhas melhores emoções. Em contrapartida, a viagem acordou um puto que está sempre pronto para o inesperado. Mas confesso que o coração bate mais depressa só pelo facto de saber que este será o ano que finalmente irei festejar o natal entre a família e amigos!

…caraças, escrevo isto e parece-me uma realidade tão distante!

Mas atenção, não será só para os mais próximos! Todos terão a sua oportunidade para me escutar ou beber um copo comigo! Durante esta ida a Portugal quero partilhar convosco as várias aventuras em que me meti e o que desenhei durante todo este tempo. O calendário é meio apertado, pois em Fevereiro volto a colocar as mochilas às costas e continuar a minha aventura. Durante o mês de dezembro irei procurar lugares em Lisboa e Porto para fazer:

• Uma exposição dos mais de 40 cadernos / 38 países por onde andei
• Apresentação / talk sobre o World Sketching Tour
• Um livro exclusivo para o evento com uma seleção de sketches
• Um workshop com demonstrações minhas a desenhar ao vivo

Tudo isto irá decorrer durante os meses de Janeiro e Fevereiro. Assim que acertar os espaços e datas, farei a divulgação no Facebook e aqui para quem estiver interessado poder reservar a sua presença.

E é isto, até já Portugal!!